quarta-feira, 17 de junho de 2009

MESTRE LEOPODINAO ETERNO



Mestre Leopoldina, o eterno
Demerval Lopes de Lacerda (12/02/1933 - 17/10/2007)
Marina Lemle
Foto de Flavio Borges Mestre Leopoldina se foi. Partiu em 17 de outubro, em São José dos Campos, São Paulo.Figura histórica da capoeira, preto retinto em seu terno branco, elegância pura. O próprio malandro carioca, com senha e cartão magnético abrindo portas do cais do porto à Cidade de Deus, de Santa Tereza ao Baixo Gávea.Foi aluno dos mestres Quinzinho e Artur Emídio. Dizia ter sido contramestre de Zumbi no Quilombo dos Palmares, amante da princesa Isabel e chefe da guarda negra. Alguém desmente?Para nós, era uma entidade encarnada que curtia estar conosco, jogar capoeira e beber cerveja.Aquela armada puladinha, aquele olhar pro outro lado... ele fazia a graça, mas você é que era o brinquedo dele.Como disse o amigo Braun: "O Cais Dourado de Aruanda deve estar em festa até hoje, com ele jogando daquele jeito engraçado e cheio de malícia, todo na beca, com aquela gingada, saindo de rolê, parando em pé, olhando pro lado e soltando a benção, lembra?"Claro. Nunca duvidei de que fosse eterno.Marina Lemle, jornalista e capoeirista, é autora da monografia "A Capoeira nas Voltas do Mundo - Na Roda, o Grupo Senzala
".

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